Você nunca ouviu falar em tecnologia disruptiva? Tem certeza?
Acredito que ela está entre nós há tanto tempo que não conhecemos seu conceito, mas já estamos habituados às suas ações.
Quantas vezes vimos um setor mudar completamente a partir de uma criação inovadora? Pois é, foi assim com a fotografia, quando uma marca muito popular de câmeras fotográficas partiu para a transformação digital, em vez de continuar com a comum fotografia analógica.
Ou quando os telefones celulares passaram a não ter mais um teclado? Todas as empresas tiveram que se adequar a essa mudança.
Ainda teve o episódio marcante de quando um aplicativo de mensagens transformou as telecomunicações como conhecíamos.
Então, a tecnologia disruptiva parece um termo de filme de ficção científica, mas já faz parte do nosso cotidiano há algum tempo. Vamos entender melhor como ela funciona e por que precisamos estar atentos a ela?
Afinal, como definir a tecnologia disruptiva?
Para compreender o significado desse termo, vamos por partes. Os dicionários definem a palavra disrupção como um ato de quebra ou descontinuação de um processo já estabelecido.
Vendo isso dentro de uma estrutura, algo é chamado disruptivo quando interrompe, suspende ou se afasta do funcionamento normal.
Agora, trazendo essa definição para o contexto tecnológico e corporativo, a disrupção é discutida como um novo modelo de negócio que surge a partir de algo diferente e inovador, rompendo com os padrões estabelecidos.
Só não podemos considerar a tecnologia disruptiva como revolucionária, pois ela não chega a derrubar uma ordem existente, o que ela faz é introduzir uma novidade que modifica essa ordem.
Segundo o criador do termo, Clayton Christensen (1995):
Quando uma empresa lança um produto ou serviço de forma mais acessível e barata, cria uma revolução, pois desestabiliza o mercado, e antes quem era domintante, sai do topo, fazendo com que todo o mercado se readapte para conseguir subsistir depois da ruptura.
A forma mais fácil de entender esse conceito, é pelas transformações de processos, com produtos ou serviços que oferecem baixo custo, facilidade de uso e acessibilidade.
Assim, há uma ruptura no mercado dominante, que desestabiliza os concorrentes, fazendo com que eles sejam forçados a usar mecanismos de adaptação para se manterem estáveis, após a inovação disruptiva ter ocorrido.
Ou seja, a tecnologia disruptiva tem o poder de transformar um mercado existente, oferecendo simplicidade, conforto, baixo custo e fácil acesso a produtos e serviços.
Como é uma tecnologia disruptiva na prática?
Existem vários exemplos de tecnologias disruptivas que podemos visualizar no dia a dia. A maioria dos serviços estão intimamente relacionados ao mundo digital, embora isso não seja uma regra.
Como as plataformas de streaming, Netflix e Spotify, que revolucionaram o consumo de conteúdo multimídia através da internet. Ou a Uber que transformou nicho de transporte como conhecíamos.
A Blockchain é a tecnologia por trás da Bitcoin, muito além da volatilidade das moedas digitais, ela viabiliza sistemas sem um órgão regulador. Assim, os blocos inalteráveis de informação compartilhada podem mudar a dinâmica de gestão das empresas, a segurança digital e o sistema jurídico como conhecemos hoje.
Outra tecnologia que não é novidade, mas que vem ganhando novas aplicações, são as impressoras 3D, que englobam desde a fabricação de bens até a construção civil. Além da impressão em grande escala de objetos, a tecnologia também caminha para a impressão de tecidos orgânicos de reposição para uso médico.
As realidades virtuais, aumentadas e mistas também entrarão no dia a dia das empresas. Será um novo passo nas videoconferências e outros artifícios para romper a barreira da distância nas organizações. De uma forma geral, a maneira com que interagimos com os computadores será atualizada.
O futuro com a tecnologia disruptiva
É claro que nesse cenário de tecnologias disruptivas em série, nem todos serão inovadores. Porém, a nossa dica é que todos precisam se manter atualizados, para aproveitar as tendências que certamente vão impactar seu mercado.
As inovações que surgem afetam principalmente o relacionamento do consumidor com o negócio ou empresa, já que os clientes buscam soluções para suas necessidades de maneira rápida e fácil e as empresas encontram uma melhor forma de oferecer esses resultados por meio de novas tecnologias.
Um outro ponto é que, para as empresas, essas transformações criam a necessidade de concorrer sob parâmetros de destruição criativa. Isso significa que toda inovação traz a destruição ou a substituição da antiga forma posta.
Novas maneiras de explorar as “antigas” tecnologias surgem, permitindo o desenvolvimento de novos modelos de negócios inicialmente focados em um nicho que ainda não teve as suas necessidades atendidas pelas gigantes do mercado.
Portanto, o sucesso de um negócio não requer mais um grande investimento, nem é exclusivo de monopólios ou grandes investidores. Empresas e consumidores precisam apenas de uma ideia inovadora e das ferramentas certas para criar uma mudança definitiva no mercado.
Com a tecnologia disruptiva, as “regras do jogo” são modificadas e a dinâmica daquele mercado ganha um significado novo.