Sabemos que os pontos negativos do uso do plástico são muitos, por isso precisamos tomar atitudes urgentes para evitar que a situação seja irreversível.
Em primeiro lugar, desde que o plástico foi inventado – conheça a história completa – o material facilitou a vida das indústrias e, consequentemente, foi deteriorando a vida do nosso planeta, mais especificamente dos oceanos, onde vão parar a maior parte dos plásticos após o uso.
Que os riscos ambientais são gigantes já sabemos, mas analisar os dados desse impacto e propor soluções eficazes para o problema ainda é um cenário pouco explorado.
A SYSTEMIQ é uma empresa que busca remodelar as conexões entre os sistemas econômicos e naturais, fazendo parcerias com negócios, finanças, formuladores de políticas e sociedade civil para tornar os sistemas econômicos verdadeiramente sustentáveis.
A empresa lançou um relatório em parceria com a The Pew Charitable Trusts mostrando que os fluxos de plástico no oceano devem triplicar até 2040. Mas, uma ação imediata pode reduzir a maré em mais de 80%.
O relatório, chamado “Breaking the Plastic Wave: A Comprehensive Assessment of Pathways To Stop Ocean Plastic Pollution” apresenta um modelo inédito do sistema global de plásticos.
É um roteiro baseado em evidências que descreve como reduzir radicalmente a poluição do plástico do oceano até 2040. Também mostra que há um caminho abrangente, integrado e economicamente atraente para reduzir, de forma significativa, os resíduos de plástico que entram em nosso oceano. Confira alguns dados:
Um desafio ambiental possível
A poluição do plástico nos oceanos é um problema que foi criado durante um longo período de tempo. E nós queremos acreditar que ele pode ser resolvido em uma geração – ou antes – e pode! Mas, essa solução necessita que líderes políticos, legisladores, executivos e investidores passem de uma mudança incremental para uma mudança sistêmica.
As empresas destacam que a ligação sistêmica entre o melhor design de plástico, a reutilização, a economia de reciclagem aprimorada e os incentivos de coleta amplificados formam o conceito de economia circular. Junto com a redução e substituição de plásticos e melhor gestão de resíduos, como uma forma de resolver urgentemente esse sério desafio ambiental.
Para resumir, o relatório ainda mostra que a aplicação e o investimento nas tecnologias, práticas de gestão e abordagens políticas disponíveis atualmente – incluindo redução, reciclagem e substituição de plástico – em 20 anos haveria uma redução de cerca de 80% do fluxo atual de plástico no oceano.
As novas soluções recomendadas no relatório prometem fornecer aos consumidores os mesmos serviços que o plástico oferece hoje – a um custo menor para a sociedade. Confira!
Mas, vocês devem estar se perguntando: certo pessoal, mas o que isso interfere no meu negócio?
Pois bem, para esclarecer:
Já conversamos com vocês sobre Marketing Consciente e como esse conceito pode moldar o futuro dos negócios. Dentro disso, a vertente ambiental tem um forte peso na decisão dos consumidores, que veem nas empresas uma forma de contribuir com a preservação do ambiente.
Ou seja, se você tem uma empresa e oferece um produto ou serviço, deve pensar em toda a cadeia que envolve sua mercadoria, desde a produção até o consumo e o descarte. Vale ressaltar que as empresas que já estão se adaptando a essa realidade, estão um passo a frente das demais.
Confira alguns exemplos:
A empresa britânica de embalagens Frugalpac criou um novo design de embalagens de álcool com suas novas garrafas de vinho, feitas de papelão reciclado. A pegada de carbono das garrafas é 6 vezes menor do que a de suas contrapartes tradicionais de vidro e um terço menor do que uma alternativa de plástico 100% reciclado.
A Nestlé criou um material capaz de substituir as embalagens plásticas. É um papel reciclado com revestimento de polímero que o torna impermeável e resistente o suficiente para passar pela linha de produção, transporte e armazenamento por nove meses. Segundo a empresa, o material reciclado se degrada depois de seis meses no oceano.
A partir da coleta de plástico pelas praias brasileiras, em 2018, a Unilever criou uma nova garrafa reutilizável do sabão em pó Omo. Foram mais de 18 mil embalagens produzidas, o início do compromisso da Unilever de ter 100% de plástico reutilizável em seus produtos até 2025. Outras marcas da empresa também têm embalagens recicladas ou com menos plástico, como Dove, Tresemmé e Seda. As embalagens ecofriendly podem ser identificadas com selos.
A empresa de cerveja, Corona, anunciou um projeto piloto com a Parley para eliminar o plástico dos seus produtos. Apesar de suas garrafas serem de vidro e fibras de madeira, os anéis de engradados do pacote de seis cervejas deu lugar para um modelo feito de fibras biodegradáveis à base de plantas.
Trouxemos muitos dados para você refletir, agora que tal avaliar seu negócio e ver de que forma está contribuindo para a preservação do nosso planeta? Conta pra gente quais foram as suas conclusões 🙂