Não é de hoje que o assunto “conteúdos em áudio” vem sendo debatido e colocado no topo das principais análises de tendências do ramo.
Os podcasts são um exemplo disso, o formato vem crescendo e cada vez mais ocupando espaço no mercado, segundo dados do Ibope de 2019, 16 milhões de brasileiros escutam podcasts diariamente.
Aí está o primeiro diferencial da plataforma, o Clubhouse direcionou a interação da rede social exclusivamente para áudios e como a própria empresa se define, é um “espaço para conversação e expressão autêntica”.
Pensando nessa inovação nas redes sociais, seria o Clubhouse um novo case de sucesso da tecnologia disruptiva? Bom, ainda é cedo para saber, mas temos que admitir que o app se tornou um fenômeno nos últimos dias e merece uma atenção.
Por que o Clubhouse fez tanto sucesso?
Primeiramente, porque é inovador e isso gerou curiosidade no público. A exclusividade do aplicativo ser apenas para sistema iOS e precisar de um convite para se cadastrar, também são fatores que geraram um interesse ainda maior.
Além disso, o funcionamento da plataforma propõe uma dinâmica bastante interativa, divida em comunidades. Ou seja, cada ‘sala’ é pautada com um assunto diferente e dentro dela possuem diferentes níveis de troca.
Os speakers são os responsáveis por discursar sobre um assunto, enquanto os listeners podem acompanhar o desenrolar do tema e serem chamados para debater a convite de um speaker.
E realmente faz sentido acompanhar essa tendência e criar um Clubhouse?
Bom, é nesse ponto que queremos chegar. Como já falamos por aqui, as redes sociais e o marketing podem ser grandes aliados, mas precisam de discernimento. Uma marca pode não encontrar seu público no Instagram e ter um alto engajamento no Facebook, tudo é relativo ao seu posicionamento, ao ramo de atuação e principalmente o público do seu produto.
Por isso, é importante avaliar a entrada da marca em nova rede social, visto que isso demandará uma produção de conteúdo específica e será preciso dar atenção ao público que te encontrará por lá. E mais do acompanhar uma nova tendência, é preciso pensar estrategicamente na comunicação da marca.
Além disso, como a rede social ainda está muito no início, diversas dúvidas estão sendo levantadas para quem pensa duas vezes antes de aceitar o convite.
Como por exemplo o produto da plataforma, sabemos que Facebook e Instagram usam dos anúncios como principal fonte de monetização e o Clubhouse ainda não deixou claro para os usuários como ele pretende de manter viável.
Outra questão levantada é sobre a proteção de dados, a empresa ainda não transpareceu o que acontece com as informações dos usuários, como lista de contatos. Isso já vem chamando atenção dos órgãos reguladores, principalmente da Europa.
Certamente precisamos acompanhar o que essa tendência trará para o mercado, mas pense além desse burburinho.