As Olimpíadas podem trazer um novo olhar à publicidade?

As Olimpíadas têm a fama de reunir todas as nações e convidar os povos a celebrar o esporte e acompanhar as mais variadas modalidades. Mas, em um contexto de pandemia global, isso precisou ser revisto e afetou uma programação que é feita com anos de antecedência.

A Olímpiada teve que se reestruturar após o adiamento do evento causado pela pandemia da Covid-19. Os jogos olímpicos que estavam marcados para 2020, passaram por regulamentações e estão acontecendo de 23 de julho até 8 de agosto.

Além da mudança de data, outras decisões precisaram ser revistas para garantir a segurança de todos os participantes nas competições e isso afetou toda a programação que estava vinculada ao evento.

A publicidade nas Olímpiadas

Com um potencial de alcance gigantesco, grandes marcas apostam nos jogos olímpicos para ampliar sua comunicação e atingir um público engajado. Geralmente essas parcerias são fechadas para várias edições da competição e as marcas carregam até uma certa popularidade por estarem sempre presentes nesses eventos.

Mas, com toda a reviravolta que aconteceu em torno desta edição, alguns patrocinadores se manifestaram e reavaliaram o investimento.

Como fez a Toyota, confirmando que não irá veicular comerciais na televisão local e adaptando a campanha que seria transmitida durante a competição, batizada de “comece o impossível”. 

O investimento foi para o lançamento de seu icônico sedã de luxo Century, que já apareceu no anúncio dos jogos olímpicos em 2016, gerando grande expectativa no cenário automobilístico.

Mas, com a grande rejeição do evento entre o público japonês, a fabricante automotiva preferiu restringir o lançamento.

A Panasonic optou por seguir o mesmo caminho e anunciou que diminuirá as ativações publicitárias. 

As decisões de ambas as empresas refletem a preocupação dos patrocinadores japoneses em continuar apoiando os Jogos, já que eles têm sofrido pressão dos consumidores do país para deixar de patrocinar as Olimpíadas.

Outras empresas mantiveram seu investimento no evento, alegando que a pandemia foi uma situação totalmente inesperada e é importante lembrar que esses contratos estão acordados há anos. 

Mesmo com a situação adversa, as empresas não erraram ao manter os patrocínios, só é preciso repensar a estratégia. Em um momento como esse, a marca não tem que vender, tem que envolver. Essa é uma oportunidade para a empresa mostrar o que pensa, o que valoriza.

As Olímpiadas 100% digitais

Já não sabemos como é viver a vida longe dos stories, não é mesmo?!

Na verdade, dá para ter uma ideia se compararmos a última edição dos jogos olímpicos. Isso mesmo, em 2016 a nova funcionalidade do Instagram tinha acabado de ser implementada e ainda estava em fase de adaptação com os usuários.

Mesmo assim, o evento teve um destaque enorme na rede social que ainda era voltada para o compartilhamento de fotos.

Noticia do portal G1

Agora dá para imaginar a revolução digital que está sendo acompanhar as Olímpiadas 100% conectados, com TikTok, Reels, IGTV, Lives, Stories e por aí vai.

A TV pode até ser onde a gente assiste as competições, mas é nas redes sociais que as Olimpíadas acontecem pra muita gente, com olhares únicos de jornalistas que estão fazendo a cobertura e até de atletas (ou seriam influenciadores?) olímpicos.

Atletas Influenciadores

Se você ainda não está acompanhando as Olímpiadas através das telas de quem está lá participando, sinto informar que está um pouco atrasado e talvez perdendo muito conteúdo legal.

Diversos atletas estão fazendo a cobertura completa da estada em Tokyo, da expectativa e da rotina na Vila Olímpica nos Stories e isso faz a gente se sentir tão parte do evento, não é mesmo?

A descoberta de destaque nas Olimpíadas vai para o Douglas Souza, o atleta de vôlei brasileiro que está mostrando tudo que está rolando através de sua perspectiva.

E isso tem um poder enorme, pois ele permite que o público, mesmo não podendo participar presencialmente das disputas, possa acompanhar seu dia a dia, sempre reforça os convites para assistirem e torcerem nas competições e, claro, tudo isso se mostrando de forma autêntica e inspiradora.

Esse caminho pode indicar o futuro, ou melhor dizendo, o presente dos atletas.

Olimpíadas da Diversidade

Outro fator de grande importância nessa edição dos jogos olímpicos é a temática que envolve as competições, a diversidade está presente de forma harmônica no evento. 

Já na cerimônia da abertura, a mensagem de inclusão ficou marcada. Seis atletas, sendo três mulheres, fizeram o juramento olímpico. 

A pira olímpica foi acesa por Naomi Osaka, tenista japonesa, negra e filha de imigrantes, e a primeira da modalidade a conquistar um Grand Slam pelo país.

Segundo o levantamento do site ‘Outsports’, a 32ª edição da Olimpíada terá pelo menos 163 atletas LGBTQIA+, algo inédito na história do evento. Todo esse significado engrandece ainda mais o poder que o esporte tem de inspirar.

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